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[o que há de tão escuro nesse dia ensolarado?]

Meu grande problema com a solidão é que ela nunca veio desacompanhada de um monte de pessoas que estavam alí, o tempo todo, mas não faziam a menor diferença.
Sempre fui muito inseguro com tudo, uma palavra pra mim sempre foi um texto inteiro e um texto sempre foi um livro. O fato de sempre guardar alguma coisa pra mim mesmo mesmo falando o mínimo sempre me faz pensar que sempre há guardado nas pessoas textos para as palavras e livros para os textos.
Tenho medo do meu coração parar cada vez que não consigo mais segurar os textos e os livros que ficam guardados porque eles saem de uma vez, embolando tudo, mal explicados do mesmo jeito que estavam quando eram apenas palavras pequenas.
Minha cabeça é cansativa demais.
Uma coisa eu tenho ciência e é que quando as coisas não vão bem, elas não vão bem mesmo, por mais que as palavras não ditas estejam tão bem guardadas na tentativa de amenizar alguma coisa não há como segurar a sinceridade do olhar a espontaneidade dos gestos. Essa sinceridade e espontaneidade passa a isolar você do que acontece ao seu redor, fazendo das pessoas proximas a você solitárias, mesmo que com sua presença.

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