numa breve pausa que seus espirros dão, ele olha para cima a procura desse mozart que ecoa pelo beco, em volume máximo. O que será que fez ele olhar a procura dessa música? Poucos bebados passarão por esse beco. Esse com certeza sofre, uma hora da manhã não é hora de ninguém vagar bêbado por um beco.
ele não sabe que vem dessa janela, não dessa exatamente pois 20 outras estão ao alcance dos seus ouvidos, dos seus olhos. Essa não se destaca das outras, está escura. As luzes das velas não ultrapassam as bordas das janelas.
e agora gira, de braços abertos, cansado de tentar descobrir de onde vem essa rapsódia, prefere agora aproveitá-la, somada ao seu fardo, com os braços abertos ele gira, numa mão uma garrafa de bebida, na outra o ar que se esfrega na sua mão vazia. Ele aproveita a rapsódia.
e assim que a música acaba ele se vai, e mais alguém fica sozinho. De novo. Ele foi. A poesia ficou.
e assim que a música acaba ele se vai, e mais alguém fica sozinho. De novo. Ele foi. A poesia ficou.
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